quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Extermínio dos índios Maracanãs - Defensoria Pública da União RJ em coletiva de imprensa nesta sexta 23


Daniel Macedo - Defensor Público Federal
 palestrante da coletiva de imprensa
 sobre a Aldeia Maracanã desta
sexta-feira 23 de novembro de 2012
supremoconcursos.com.br

Recebi resposta da Assessoria de comunicação da DPU - Defensoria Pública da União do RJ para um artigo deste blog na qual nos avisa sobre uma importante Coletiva de Imprensa na Aldeia Maracanã nesta sexta-feira 23 de novembro de 2012. Participe, faça a sua parte. Abaixo divido a resposta ao artigo com os senhores amigos e leitores deste blog:
DPU-RJ Ascom deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Extermínio de Aldeia Maracanã é risco sério. Leia ...": 


COLETIVA DE IMPRENSA ALDEIA MARACANà


DATA: Sexta-feira, 23 de novembro de 2012
HORÁRIO: 14h 
LOCAL: Aldeia Maracanã - Av. Radial Oeste, ao lado do Maracanã (vide mapa no final do artigo)



Participantes:


Daniel Macedo - Defensor público federal. Representante da Defensoria Pública da União, instituição que defende juridicamente a permanência dos índios e o tombamento do prédio, já tendo ajuizado duas Ações Civis Públicas em prol de tais objetivos. Os processos continuam em tramitação na Justiça Federal.


Carlos Tukano - Cacique da Aldeia Maracanã. Um dos fundadores do grupo de indígenas que há seis anos mora e preserva o local.


Mércio Gomes - Antropólogo. Foi ex-presidente da Funai (período de 2003 a 2007, a convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva); conviveu e trabalhou com o antropólogo, político e educador Darcy Ribeiro, fundador do Museu do Índio.


Arão da Providência Guajajara - Presidente do Conselho Nacional dos Direitos Indígenas (CNDI). Patrocinador de ACP em nome da CDH-OAB-RJ, em tramitação na 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que reivindica a manutenção do imóvel do antigo Museu do Índio do Maracanã como Patrimônio Indígena. 


Roberto Anderson Magalhães - Arquiteto. Doutor em Urbanismo pelo PROURB-UFRJ, é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ.



PAUTA 

Zahy Guajajara 
índia do Rio de Janeiro
autora do manifesto quechamou a atenção das autoridades
para o risco do extermínio da Aldeia Marcanã
zahyguajajara.blogspot.com

- A demolição de um Patrimônio Cultural Indígena centenário e o descaso das autoridades com as questões indígenas.


- A importância histórica do imóvel e da sua relação com a tradição indígena.


- A situação jurídica atual dos processos relativos ao antigo Museu do Índio: que medidas já foram adotadas, que respostas foram dadas até agora pelo Judiciário e o que ainda é possível ser feito juridicamente pelo tombamento e conseqüente não demolição do prédio.


- O funcionamento atual da Aldeia Maracanã: durante a permanência de seis anos do grupo de 12 etnias no local, uma ampla grade de atividades culturais e artísticas (todas registradas) tem sido realizada.


- Apresentação do Projeto de Manejo Sustentável do local (já entregue ao Museu do Índio/Funai).


- A demolição do Complexo Maracanã como um todo (dois centros esportivos, uma escola e um museu), além de despejos arbitrários e da destruição de Áreas de Preservação Ambiental, em nome da Copa do Mundo e das Olimpíadas. 


Sobre o Museu do Índio e a Aldeia Maracanã


Em 1910, o Marechal Rondon inaugurou no prédio o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Objetivo: cuidar e proteger os interesses dos povos originários do Brasil.


Em 1953, foi instalado no local, pelo antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro, o primeiro Museu do Índio da América Latina. Objetivo: divulgar uma imagem correta, atualizada e VIVA, desprovida de preconceitos pela sociedade, despertando, deste modo, o interesse pela Cultura e pela Tradição Indígenas.


Desde a transferência do Museu do Índio para o bairro de Botafogo, o prédio ficou abandonado por décadas (cerca de 30 anos).


Em 2006, o espaço, que estava abandonado pelas autoridades, foi retomado por um grupo formado por diversas etnias indígenas de todo o território nacional. Objetivo: preservá-lo e revitalizá-lo. 


Desenvolve-se então o grupo chamado Aldeia Maracanã, que passa a receber escolas, universidades, pesquisadores e simpatizantes e a desenvolver atividades culturais, educacionais e de línguas das diversas etnias originárias de todo o Brasil. Na época, foi reivindicado o imediato tombamento do imóvel pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


O grupo da Aldeia Maracanã participou da criação do Fórum “A voz dos Povos” na Secretaria de Ação Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro e tem participado de fóruns e seminários na UERJ, UFRJ entre outros. O antigo Museu do índio é hoje referência de todo indígena que chega à cidade do Rio de Janeiro. 


Comunicação DPU/RJ 
https://twitter.com/@zedamotta @zedamotta

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