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Lideranças indígenas afirmaram que o crime ocorreu na semana passada
A índia de 22 anos foi estuprada e torturada, após ser capturada enquanto ia até Iguatemi para receber o Bolsa Família.
Os oito homens não-índio “brancos” vendaram o rosto e os olhos dela com um pedaço de pano. Depois disso, toda machucada, ela foi jogada e abandonada na margem da estrada pública.
Somente no outro dia pela manhã os membros da comunidade foram procura-la, ela foi encontrada deitada, tudo machucada, com fome e sede na margem da rodovia.
De acordo com relatos da própria indígena, enquanto se revezavam, um sempre mantinha a ponta de uma faca no pescoço de M.B.R. Logo após as sucessivas violências, um dos homens apontou a espingarda que trazia para a cabeça da indígena e passou a dirigir perguntas sobre Pyelito Kue e suas lideranças.
A Funai foi acionada e aguarda o laudo pericial para tomar providências, mas uma equipe se deslocará até a comunidade para prestar apoio a indígena.
Nos últimos dias o povo Guarani-Kaiowá está diariamente nas manchetes nacionais e internacionais e nas redes sociais após as lideranças do grupo afirmarem que não desocuparão a área onde estão, que lhes pertence por tradição, ainda que tenham que morrer resistindo.
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