terça-feira, 21 de agosto de 2012

Laerte Braga alerta população do risco da privatização do Hospitais Universitários


             AS PRIVATIZAÇÕES DE DILMA – OS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

Laerte Braga
Laerte Braga pcbjuizdefora.blogspot.com
A decisão do governo federal – PT e a salada mista de evangélicos, ruralistas, PMDB, etc – de criar uma empresa estatal de direito privado para administrar hospitais universitários, a EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES é um passo célere para a privatização dos hospitais universitários.
Vai além. Faz parte de um projeto de desmonte dos serviços públicos e da universidade pública no Brasil. Transforma-nos num País manco, dependente de tecnologias e causa graves prejuízos à formação dos futuros médicos.
maquete do HU da UFJF
 reuni.mec.gov.br
Os hospitais universitários, além do atendimento que prestam aos usuários do SUS – Sistema Único de Saúde – são extensão dos cursos de medicina no processo de formação, pesquisa e extensão.
Direitos fundamentais e básicos do cidadão não podem ser privatizados. Do contrário não tem sentido o próprio poder público.
A decisão do governo Dilma implica na utilização de recursos públicos (físicos, humanos e financeiros) para garantir negócios de empresas privadas. O governo transforma o imposto que o brasileiro paga, os direitos fundamentais, em fator de lucro para empresas.
Há um conceito que vem sendo impingido ao nosso povo ao longo dos anos. O de que o servidor público é o responsável pela escassez de recursos para investimentos em setores básicos.
Laerte Braga quemtemmedodademocracia.com
É mentira.
O governo paga 49% de suas receitas orçamentárias em juros de dívidas junto a bancos, empreiteiras, grandes corporações, sem falar nas vantagens e benefícios concedidos nos constantes processos de privatizações e terceirizações.
Estão criando um vilão que ao contrário é indispensável. O servidor público é o médico, o professor, o dentista, o funcionário da limpeza, o da segurança, os servidores da saúde, da educação como um todo, são os que tornam viáveis os direitos consagrados na Constituição.
Essa forma de criar um vilão que não existe é a de ocultar os benefícios concedidos aos grandes grupos financeiros e as grandes corporações em nosso País.
O pacote anunciado pela presidente e que fala em privatizações de aeroportos, rodovias e ferrovias segue o receituário do Banco Mundial, do FMI e coloca o Brasil a reboque de um progresso que seja real e efetivo, comum a todos e não a poucos, o que significa privilégio.
Dilma está na contramão de suas promessas. Já contratou o exército norte-americano para executar as obras de transposição do Rio São Francisco. Executa fielmente as políticas econômica e financeira ditadas pelo neoliberalismo falido e que arrasou os países da União Européia e faliu os Estados Unidos.
O que isso tem a ver com a cidade?
A primeira realidade de cada um de nós é a cidade. Nascemos na cidade, crescemos na cidade, nossas famílias estão na cidade, vendemos nossa força de trabalho na cidade e por tudo isso a cidade só será possível e comum a todos com ampla participação popular.
Uma escolha adequada, consciente, será um fator responsável pela construção do poder popular.
É o poder popular através das cidades que vai mudar o Brasil e construir uma potência de fato, real, não de ilusões como vem sendo vendido para os brasileiros.
HU da UFJF  construído rdrengenharia.com
Privatizar os hospitais universitários é bem mais que uma irresponsabilidade, é um crime.
Os servidores do Hospital Universitário de Juiz de Fora, por exemplo, mostraram de forma clara e transparente na audiência pública realizada na segunda-feira na Câmara Municipal que a privatização trará como conseqüência, entre outras, uma redução no número de atendimentos de usuários do SUS e a maior parte dos leitos para os planos de saúde.
Poucos brasileiros sabem que os planos de saúde, sem exceção, são subsidiados com dinheiro público.
Hu da UFJF ecaderno.com
O que Dilma pretende com mais essa privatização é fazer com que o Brasil e as cidades brasileiras, a universidade brasileira, retrocedam e os trabalhadores, mais uma vez, tenham negados os seus direitos.
O que se está tramando e é apresentado pela mídia como progresso, é só a entrega daquilo que é nosso.
Já fomos uma universidade com cursos de alto gabarito. Todas as universidades públicas são fatores de geração de tecnologias e profissionais capazes de alavancar o real desenvolvimento.
Os servidores públicos se desvelam para suprir as deficiências dos governos.
Laerte Braga avantebancario.blogspot.com
É uma luta que não será ganha só com eleições, mas é permanente, antes que esse retrocesso nos transforme de novo em colônia e agora colônia do mais desumano capitalismo.
Na proposta de Dilma e do PT os recursos do SUS serão repassados a empresas, insuficientes para garantir o lucro. Ou seja, a saúde vai ser vendida para que esse lucro seja garantido.
É reagir ou reagir. Não existe alternativa.   

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